Para Oscar De La Hoya, era tudo uma questão de imagem. Apelidado de ‘The Golden Boy’, De La Hoya fez o que pôde para encobrir as suas falhas para se tornar um dos melhores boxeadores do desporto. Dentro do ringue de boxe, ele mais do que segurou o seu. Fora do ringue, De La Hoya admite que estava exausto tentando ser alguém que não era.
A carreira de boxe de Óscar De La Hoya
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Oscar De La Hoya nasceu em uma família de boxe, pois seu pai era boxeador profissional nos anos 60. Aos 15 anos, De La Hoya capturou os Jogos Olímpicos Júnior nacionais como um lutador de 119 libras. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992 em Barcelona, Espanha, De La Hoya, representando os Estados Unidos, ganhou a medalha de ouro como um peso leve.
Em 23 de novembro de 1992, De La Hoya fez sua estreia no boxe profissional. Ele fez um trabalho rápido de Lamar Williams, eliminando-o na primeira rodada. De La Hoya venceu suas primeiras 31 lutas profissionais, incluindo vitórias sobre Pernell Whitaker, Hector Camacho, e um par de vitórias sobre Julio Cesar Chavez. De La Hoya sofreu sua primeira derrota profissional em 18 de setembro de 1999 contra Felix Trinidad.
De La Hoya perdeu uma decisão dividida para o invicto Floyd Mayweather em 2007. Ele terminou sua carreira no boxe com um recorde de 39-6. Ele ganhou 30 dessas lutas por nocaute. De La Hoya ganhou 11 títulos mundiais em seis classes de peso diferentes.
De La Hoya não era o Menino de Ouro
Em 1990, a mãe de Oscar De La Hoya morreu de cancro da mama. Ela sonhava que seu filho se tornaria um medalhista olímpico de ouro. Esses sonhos tornaram-se realidade em 1992, quando ele ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992, em Barcelona, Espanha. Naquela época, De La Hoya recebeu o apelido de ‘The Golden Boy’ e o nome ficou com ele ao longo de sua carreira.
No anel de boxe, o apelido era válido. Fora do ringue, De La Hoya teve a sua quota-parte de problemas. Em 2000, Shanna Moakler, a mãe da filha mais velha de De La Hoya, processou o boxeador por 62 milhões de dólares, alegando violência doméstica e afirmando que ele era alcoólatra. O caso acabou sendo resolvido fora do tribunal.
Em 1998, De La Hoya foi acusado de estupro no México. O caso, segundo o The Los Angeles Times, foi resolvido fora do tribunal. De La Hoya tem entrado e saído de centros de tratamento de drogas e álcool. De La Hoya também admitiu usar cocaína.
‘Minha vida foi apenas uma grande mentira’
Numa entrevista de 2016 com Graham Bensinger, Oscar De La Hoya admitiu que ele não era o Menino de Ouro que todos pensavam que ele era. Ele foi sincero com Bensinger, dizendo que nem sequer queria ir à sua primeira viagem para a reabilitação. “Eu simplesmente não aceitei o fato de que tinha um problema”, disse De La Hoya, que tomou sua primeira bebida quando tinha 8 anos. “Eu não podia aceitar isso.
“Minha vida era apenas uma grande mentira. Eu sabia como manipular e sabia como mentir. Eu sabia como encobrir. Era tão cansativo, tão cansativo fazer tudo isso. Eu tinha que fazer malabarismos com esta imagem – O Menino de Ouro – e ser o pai perfeito e o marido perfeito. Uau. E depois saber que isso não é verdade. Isso foi cansativo.”
De La Hoya disse que não deixou ninguém saber o que se passava na vida dele. “Eu manteria todos longe do que estava a sentir”, disse ele. “Eu sabia como esconder qualquer tipo de sentimento que estivesse a sentir. Até sabia como mentir a mim mesmo. Eu convencia a mim mesmo, isto está certo.”