Esta estrutura ocorre quando dois (ou mais, por exemplo ψ-loop) segmentos de uma cadeia de polipeptídeos se sobrepõem e formam uma fila de ligações de hidrogênio um com o outro. Isto pode acontecer num arranjo paralelo:
Or num arranjo anti-paralelo:
O arranjo paralelo e anti-paralelo é a consequência directa da direccionalidade da cadeia de polipeptídeos. Na disposição antiparalela, o terminal C de um segmento está no mesmo lado que o terminal N do outro segmento. Na disposição paralela, a extremidade do termo C e a extremidade do termo N estão nos mesmos lados para ambos os segmentos. A “prega” ocorre devido aos planos alternados das ligações do peptídeo entre os aminoácidos; o grupo de amino e carbonilo alinhado de cada segmento oposto alternam a sua orientação de face para face em direção oposta.
O arranjo paralelo é menos estável porque a geometria das moléculas de aminoácidos individuais força as ligações de hidrogênio a ocorrer em um ângulo, tornando-as mais longas e, portanto, mais fracas. Ao contrário, no arranjo anti-paralelo, as ligações de hidrogênio são alinhadas diretamente umas às outras, tornando as ligações mais fortes e mais estáveis.
Comumente, uma folha anti-paralela de beta-pregueada se forma quando uma cadeia de polipeptídeos inverte acentuadamente a direção. Isto pode ocorrer na presença de dois resíduos de prolina consecutivos, que criam uma dobra angular na cadeia de polipeptídeos e a dobram de volta sobre si mesmos. Isto não é necessário para segmentos distantes de uma cadeia de polipeptídeos para formar folhas plissadas em beta, mas para segmentos proximais é um requisito definido. Para distâncias curtas, os dois segmentos de uma folha pregueada beta são separados por 4+2n resíduos de aminoácidos, sendo 4 o número mínimo de resíduos.